25 Anos de Crescimento dos Medicamentos Genéricos no Brasil

Mundo Farma

A comercialização de medicamentos genéricos no Brasil tem mostrado um crescimento contínuo mesmo após 25 anos da implementação da Lei dos Medicamentos Genéricos. Nos últimos cinco anos, houve um aumento médio de 5% ao ano nas vendas, culminando na venda de 2 bilhões de unidades em 2023, conforme dados da PróGenéricos.

Tiago de Moraes Vicente, presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (PróGenéricos), destacou que os medicamentos genéricos mais utilizados são aqueles voltados para o tratamento de doenças crônicas como hipertensão, colesterol elevado e problemas do sistema nervoso central.

Desde a promulgação da lei, estima-se que quase R$ 300 bilhões foram economizados, graças ao requisito de que os medicamentos genéricos sejam pelo menos 35% mais baratos que seus equivalentes de marca. Atualmente, o Brasil conta com 100 laboratórios dedicados à fabricação de medicamentos genéricos.

Além disso, Vicente mencionou que propostas recentes aprovadas pela Câmara, como a reforma tributária, devem beneficiar ainda mais o setor ao reduzir as alíquotas sobre medicamentos.

Cauê Nascimento, diretor-executivo de Genéricos da SEM, explicou que os medicamentos de referência ou inovadores têm um período de exclusividade protegido por lei para garantir retorno financeiro às empresas que investem em pesquisa. Após a expiração das patentes, outras empresas podem entrar no mercado e reproduzir as moléculas, evitando os altos custos de desenvolvimento, pesquisa e testes.

Nascimento enfatizou que o menor preço dos genéricos não compromete a qualidade. São realizados testes rigorosos para garantir que os genéricos possuam a mesma eficácia e absorção que os medicamentos de referência.

O contínuo crescimento das vendas de medicamentos genéricos no Brasil é um indicativo claro de sua aceitação e confiança por parte dos consumidores, assim como da eficácia das políticas públicas implementadas para tornar a saúde mais acessível para a população.

Referências

Conselho Federal de Farmácia

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