Anvisa Reafirma Que Não Há Motivo Para Alarme Com Mpox

ANVISA

Após a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar a mpox como uma emergência de saúde global, o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, declarou que, no momento, o vírus mpox não deve ser comparado à Covid-19. Segundo ele, a situação atual não exige medidas restritivas rigorosas, como as aplicadas durante o período crítico da pandemia.

Durante entrevista, Barra Torres enfatizou que a Anvisa, até o momento, não considera necessário implementar restrições em fronteiras, portos e aeroportos. A agência está focada em monitorar o cenário e colaborar com o Ministério da Saúde, mas sem provocar pânico ou alarmismo. “Não há razão para alarde. Não podemos, neste momento, traçar paralelos com a crise que enfrentamos durante a pandemia de Covid-19”, afirmou o presidente da Anvisa.

A Anvisa decidiu criar um grupo interno para acompanhar a evolução do vírus mpox e sugerir medidas regulatórias, além de participar de um comitê do Ministério da Saúde destinado ao tema. Esse novo grupo de trabalho será liderado pelo diretor Frederico Augusto de Abreu, responsável por questões relacionadas a portos, aeroportos e fronteiras. “Nosso papel é monitorar a situação e propor ações regulatórias, enquanto a política de saúde pública é responsabilidade do Ministério da Saúde, que é o grande gestor da saúde nacional”, disse Barra Torres.

Embora o número de casos de mpox tenha gerado preocupações e motivado a declaração de emergência por parte da OMS, Barra Torres reiterou que não há, até o momento, qualquer indicativo de que medidas restritivas semelhantes às adotadas durante a pandemia de Covid-19 sejam necessárias. “Esse tipo de ação não está no nosso radar atualmente, mas estamos atentos e preparados para ajustar as medidas conforme a necessidade”, completou.

A declaração de emergência da OMS surgiu após o comitê de especialistas independentes alertar para a possibilidade de uma cepa mais perigosa do vírus mpox estar se espalhando em regiões da África previamente não afetadas. Essa variante, conhecida como clado Ib, já havia sido contida na República Democrática do Congo, mas o recente surgimento de casos em outras áreas despertou preocupações globais.

Com a nova estrutura de monitoramento em vigor, a Anvisa reafirma seu compromisso em trabalhar de forma integrada com o Ministério da Saúde e em manter a população informada, sem gerar pânico desnecessário. A recomendação atual das autoridades é de atenção contínua e tranquilidade enquanto o cenário permanece sob controle.

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