A AbbVie planeja submeter um pedido de aprovação do Botox para tratar a proeminência platisma, uma condição cosmética relacionada ao envelhecimento que causa protuberâncias musculares no pescoço, na linha da mandíbula e na parte inferior do rosto.
Já aprovado como injeção para reduzir rugas na testa e ao redor dos olhos, bem como para uma ampla variedade de outros distúrbios médicos, o Botox está posicionado para expandir seus usos cosméticos para a forma moderada a grave de proeminência platisma.
Na segunda fase dos ensaios clínicos, a AbbVie revelou resultados positivos do uso do Botox para essa indicação, que também pode incluir a perturbação da linha da mandíbula e da parte inferior do rosto, atribuída à contração do músculo platisma.
Em um estudo clínico que contou com 426 participantes, aqueles que receberam Botox experimentaram uma resolução significativa das protuberâncias em comparação com aqueles que receberam placebo, com base na avaliação do médico e do paciente quanto à aparência da proeminência do platisma.
Todos os desfechos secundários foram alcançados, conforme medido pela satisfação do paciente com a aparência, impacto psicossocial e expectativas de tratamento.
Não foram observados novos sinais de segurança. Os resultados do ensaio M21-310 corresponderam aos de um estudo anterior, M21-309, que foram revelados em abril deste ano.
A AbbVie espera solicitar a aprovação do FDA para essa nova indicação até o final deste ano. Ainda não se sabe quando essa submissão será feita para a Anvisa.
Se aprovado, o Botox se tornaria a primeira e única neurotoxina para essa condição, segundo a AbbVie. As opções de tratamento atuais incluem abordagens cirúrgicas, como ritidoplastia inferior (lifting de pescoço).
Em 2022, a AbbVie relatou vendas cosméticas do Botox de US$ 2,6 bilhões, enquanto seus usos terapêuticos representaram US$ 2,7 bilhões em vendas. Os distúrbios médicos tratados pelo Botox incluem enxaqueca, espasticidade de membros e problemas na bexiga.
A AbbVie adquiriu o Botox por US$ 63 bilhões da Allergan em 2019.
Referências
Allergan