O Eli Lilly está adquirindo a Point Biopharma Global por US$ 1,4 bilhão, marcando sua entrada no mercado de terapias com radioligantes contra o câncer. A transação já recebeu a aprovação do comitê executivo de ambas as empresas e deve ser concluída no final deste ano.
O pipeline do Lilly, que inclui terapias radioligantes em estágios clínicos e pré-clínicos, agora passará a fazer parte da empresa. Ela também possui capacidades de fabricação interna, incluindo um campus de fabricação de radiofármacos em Indiana (EUA) e um centro de P&D no Canadá.
A Point tem dois programas líderes em desenvolvimento na fase 3: PNT2002 e PNT2003. O primeiro é uma terapia radioligante direcionada ao antígeno de membrana específico da próstata, projetada para tratar o câncer de próstata resistente à castração metastático após o tratamento de segunda linha. Ele está sendo estudado em um ensaio clínico chamado SPLASH, com dados principais esperados até o final deste ano. O PNT2003 é uma terapia radioligante direcionada ao receptor da somatostatina para pacientes com tumores neuroendócrinos gastroenteropancreáticos.
“Estamos entusiasmados com o potencial desta modalidade emergente e vemos a aquisição da Point como o início de nosso investimento no desenvolvimento de várias terapias radioligantes significativas para cânceres de difícil tratamento, assim como fizemos na descoberta e desenvolvimento de medicamentos oncológicos de pequenas moléculas e biológicos”, disse Jacob Van Naarden, presidente da unidade de oncologia da Big Pharma, Loxo@Lilly, em um comunicado de 3 de outubro.
A Lilly está um pouco atrasada nesse movimento, fazendo o acordo de aquisição da empresa bem depois que a Novartis mergulhou de cabeça no mercado de radiofármacos. A Novartis tornou os radiofármacos um pilar de sua estratégia de combate ao câncer. Ela já possui radiofármacos aprovados, como o Lutathera para certos tumores neuroendócrinos gastroenteropancreáticos e o Pluvicto para pacientes com câncer de próstata.
Referências
investor.lilly.com/
