Com os casos de sífilis aumentando nos Estados Unidos e o medicamento Bicillin da Pfizer ainda em falta nos Estados Unidos, a empresa francesa Laboratoires Delbert está ajudando com importações temporárias.
A fabricante de medicamentos francesa está colaborando com a FDA para trazer remessas de seu produto Extencilline para os Estados Unidos. O produto, embora não seja aprovado nos EUA, é composto por penicilina G benzatina (ou benzilpenicilina benzatina), que a Pfizer comercializa como Bicillin.
Em uma carta publicada pela FDA, a Laboratoires Delbert observou que importará 1.200.000 unidades de seu Extencilline em pó e 2.400.000 unidades da versão diluente para reconstituição para injeção. Os medicamentos são fabricados na Itália e ambos os lotes têm data de validade até 2025.
O Bicillin é usado para uma variedade de infecções bacterianas, como a garganta inflamada, mas é o tratamento preferencial para sífilis e gonorreia.
A FDA relatou pela primeira vez uma escassez do tratamento em abril. Em junho, a Pfizer atualizou seus clientes hospitalares sobre a interrupção do fornecimento, atribuindo a escassez a uma “combinação complexa de fatores”, incluindo um aumento na demanda. Em sua carta, a Pfizer disse que havia priorizado sua capacidade de fabricação de Bicillin e que seus estoques diminuiriam ao longo do ano.
Na época, a Pfizer estimou que quatro de suas doses combinadas estariam de volta ao estoque até meados de 2024. A empresa é a única fornecedora dos EUA de penicilina G benzatina injetável.
Em resposta à escassez, a divisão de prevenção de DST dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) recomendou que estratégias de mitigação fossem adotadas pelos prestadores de cuidados de saúde, incluindo desencorajar o uso de Bicillin para outras doenças infecciosas.
Em abril passado, o CDC relatou um aumento de quase 32% nos casos de sífilis de 2020 a 2021 e um aumento de 203% nos últimos cinco anos. O aumento recente pode ser uma continuação das interrupções nos exames de DST durante a pandemia de COVID-19, de acordo com a agência.
Um relatório mais recente do CDC constatou que mais de 3.700 bebês nasceram com sífilis em 2022, representando um aumento de dez vezes desde 2012. Quase nove em cada dez casos de sífilis em recém-nascidos poderiam ter sido prevenidos com testes e tratamento oportunos.
Referências
FDA – Food and Drug Administration
