Em breve, a população brasileira pode ganhar um reforço importantíssimo na luta contra a dengue: a vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan.
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou, nesta quarta-feira (31/1), que a vacina de combate à dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan deve ficar pronta em setembro deste ano para ser aplicada na população a partir de 2025. Os testes estão sendo concluídos e o Instituto espera enviar para análise da Anvisa nos próximos meses. Depois disso, é só aguardar o aval da Agência. Se isso acontecer, cabe ao Ministério da Saúde decidir sobre a inclusão da nova vacina no SUS.
“É uma vacina que vai ser aplicada em uma única dose. Vai ficar pronta em setembro e a gente está tentando, na medida do possível, antecipar esse cronograma”, disse Tarcísio em entrevista à rádio CBN. A previsão de Tarcísio é de que o Butantan produza em torno de 45 milhões de doses para serem aplicadas a partir de 2025 na população.
Em fevereiro, o país iniciará a campanha de vacinação contra a dengue pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em 521 municípios brasileiros devido à quantidade limitada de doses da vacina, que são fornecidas pela farmacêutica japonesa Takeda.
Somente neste mês de janeiro, o estado registrou sete mortes e mais de 10 mil casos da doença. Na capital paulista, a quantidade de infectados mais quadruplicou em comparação ao mesmo período do ano passado.
No entanto, a capital não foi incluída na lista de municípios brasileiros que receberão a vacina contra a dengue a partir de fevereiro – das 521 cidades, apenas 11 são de São Paulo.
“A gente tem uma linha de trabalho com o Butantan, porque o Brasil está adquirindo uma vacina do Japão, mas a quantidade ainda é insuficiente. Nós estamos desenvolvendo a nossa vacina, vai ser uma vacina muito avançada e deve ser a melhor vacina de dengue do mundo”, disse Tarcísio na entrevista.
A vacina é desenvolvida pelo Butantan desde 2010 e protege contra quatro sorotipos da dengue, com cerca de 80% de eficácia. Atualmente, o imunizante está na fase clínica 3, última fase de estudo antes do da obtenção do registro sanitário pela Anvisa.
Referências
CBN
Instituto Butantã
