A Anvisa concedeu a aprovação do registro do Pluvicto, um medicamento inovador da farmacêutica Novartis. Esse medicamento, também conhecido como vipivotida tetraxetana (177 Lu), teve sua aprovação divulgada no Diário Oficial da União na última terça-feira (22). Essa conquista representa um marco significativo, pois o Pluvicto torna-se a primeira terapia-alvo radioligante a obter aprovação da Anvisa para o tratamento do câncer de próstata no Brasil.
O Pluvicto é indicado para pacientes adultos diagnosticados com câncer de próstata metastático resistente à castração, com confirmação positiva para antígeno de membrana específico da próstata (PSMA) e que já passaram por tratamentos com inibidor da via do receptor de andrógeno e quimioterapia baseada em taxano.
Sobre a Terapia Radioligante
É uma terapia intravenosa com radioligantes (RLT) que combina uma pequena molécula com um elemento radioativo. Após administração, o medicamento liga-se às células alvo, incluindo células do câncer de próstata que expressam uma proteína transmembrana específica. Uma vez ligadas, as emissões de energia do radioisótopo danificam as células-alvo e as células próximas, comprometendo a sua capacidade de replicação e/ou desencadeando a morte celular.
A terapia com Pluvicto já está aprovada nos Estados Unidos e na União Europeia para tratar adultos com um tipo de câncer avançado chamado câncer de próstata metastático resistente à castração (mCPRC) com PSMA positivo e que já tiveram acesso a terapias anteriores (ARPI e quimioterapia). As autorizações regulatórias foram baseadas nos resultados do ensaio VISION de Fase III, no qual a terapia atingiu os objetivos primários de sobrevida global e sobrevida livre de progressão radiográfica, reduzindo o risco de morte em 38% e o risco de progressão radiográfica ou morte em 60% em comparação com o padrão de cuidado.
Novartis e Terapia com Radioligantes (RLT)
A Novartis está reimaginando o tratamento do câncer por meio do RLT para pacientes com tumores avançados. Ao aproveitar o potencial dos átomos radioativos e aplicá-los a estas doenças, a RLT tem a capacidade de entregar radiação às células-alvo em qualquer lugar do corpo, atuando de forma cirúrgica contra a patologia. A companhia está investigando o potencial do RLT, explorando novos isótopos, ligantes e terapias combinadas para olhar além dos tumores neuroendócrinos gastroenteropancreáticos e do câncer de próstata, incluindo câncer de mama, cólon, pulmão e pâncreas.
Referências
Novartis