Uma mulher argentina de 39 anos iniciou um processo judicial contra a AstraZeneca e o governo do país após experimentar alegados efeitos adversos da vacina contra a Covid. Informações do jornal La Nación publicadas nesta semana.
O caso, pendente na justiça federal desde janeiro de 2022, busca 100 milhões de pesos em danos. Neurologistas teriam diagnosticado a mulher com Síndrome de Guillain-Barré e associado à vacina contra a Covid. A doença poderia ter levado à quadriplegia.
A mulher alega ter sido submetida a pressões sociais e profissionais para se vacinar. Após receber a dose, ela começou a sentir fortes dores e fraqueza nas pernas, que rapidamente se transformaram em uma incapacidade de ficar de pé.
O processo inclui compensação por danos morais, incapacidade e perda de qualidade de vida. A acusação também aponta a conexão direta entre a vacinação com AstraZeneca e a incapacidade de trabalhar.
O outro lado
Em nota enviada ao jornal argentino, a empresa farmacêutica disse que não comenta processos em andamento.
“Na AstraZeneca, não comentamos processos judiciais em andamento. Estendemos nossas mais sinceras condolências a qualquer pessoa que tenha perdido um ente querido ou relatado problemas de saúde. A segurança do paciente é nossa maior prioridade e as autoridades regulatórias têm padrões claros e rigorosos para garantir o uso seguro de todos os medicamentos, incluindo vacinas”, afirmou.
AstraZeneca admite ‘efeito adverso raro’
A AstraZeneca admitiu pela primeira vez em tribunal que sua vacina contra a Covid-19 pode causar um “efeito negativo raro”.
Segundo o jornal britânico Telegraph, a empresa farmacêutica é alvo de uma ação coletiva na qual 51 famílias exigem compensações de até 100 milhões de libras esterlinas (cerca de 650 milhões de reais).